The R.I. Times
10.10.06
  Coréia do Norte
O anúncio feito ontem (09.10.2006) pela Coréia do Norte sobre o teste com arma nuclear nada mais é do que a confirmação do que o mundo (especialmente os EUA) pensava que fosse apenas uma ameaça. Até pouco tempo pensava-se que a Coréia do Norte pudesse ter declarado estar próxima do desenvolvimento de armas nucleares apenas para ter poder de negociação com os EUA, e garantir segurança, como disse Vizentini: "esta é a jogada norte-coreana: obter a assinatura de algum tratado de paz com os EUA, que garanta sua segurança. Em troca da anulação deste programa ele pretende garantir segurança e ajuda econômica, pois apresentar-se como uma ameaça, chamará atenção do mundo para seu enfraquecido regime." (http://educaterra.terra.com.br/vizentini/artigos/artigo_92.htm)

A ameaça nuclear não traz benefício nenhum para a Comunidade Internacional, só traz pavor, medo, insegurança, principalmente por esta ameaça estar vindo de um país militarmente forte, apesar de pobre. Porém precisamos entender um pouco da história da Coréia do Norte para tirarmos qualquer conclusão sobre sua atitude.

Após a Segunda Guerra Mundial, a Coréia do Norte passou a ser ocupada por tropas soviéticas, enquanto a Coréia do Sul foi controlada pelos EUA. Em 1948 foi proclamada a independência da República Democrática Popular da Coréia, com Kim Il-Sung na presidência, e as tropas soviéticas retiraram-se do território Norte-Coreano. Em 1950 a Coréia do Norte invadiu parte do Sul, provocando a Guerra da Coréia. As tropas do Norte chegaram a dominar quase todo Sul, porém os EUA desembarcaram no país e começaram a expulsar as forças Norte-Coreanas. A atitude dos EUA tentou eliminar a Coréia do Norte completamente, chegando quase até a China. A entrada da China no conflito trouxe equilibro para a guerra, que durou até 1953 e custou a vida de mais de um milhão de pessoas. O tratado de paz foi assinado entre a Coréia do Norte e os EUA, e não com a Coréia do Sul.

Na década de 60 houve um grande crescimento industrial. Nos anos 70 houve o início de um diálogo entre as duas Coréias, na tentativa de reunificação, o que ajudou no ingresso das duas na ONU, em 1991. Em 1992 a Coréia do Norte permite inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica, porém nos dois anos seguintes não autoriza acesso a área onde há suspeita de produção de armas nucleares. Em 1994 a Coréia do Norte resolve paralisar seu programa de energia nuclear em troca de 5 bilhões de dólares em combustível e dois reatores nucleares (que, segundo os EUA, dificilmente seriam utilizados na fabricação de armas).

Graves inundações, ondas de fome, tomam conta do país que foi ajudado pela ONU, e mesmo assim resolveu desobedecer o armistício, enviando tropas para zonas desmilitarizadas, enviando submarinos e outros tipos de ameaças a Coréia do Sul, entre 1996 e 1998.

Há uma aproximação entre as Coréias em 2000, famílias separadas têm a oportunidade de unirem-se novamente. Em 2001 uma delegação da União Européia tenta retomar o processo de reconciliação entre as duas Coréias.

A inclusão da Coréia do Norte no "eixo do mal" de G.W. Bush "reavivou" a sede de atacar os EUA nos Norte-Coreanos. Enquanto o embaixador dos EUA na ONU, John Bolton, acredita que esse discurso não seja a real causa da reação norte-coreana - "os norte-coreanos vinham tentando desenvolver armas nucleares há pelo menos dez ou 12 anos. Eles assinaram um acordo em 1994, prometendo abdicar do desenvolvimento de armas nucleares, e depois começaram a violar esse acordo quase antes de a tinta secar"... "Então, isso não tem nada a ver com o discurso sobre o eixo do mal" (http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/story/2006/10/061010_boltoncoreiarw.shtml) - a Coréia do Norte deixa bem claro que considera os EUA o principal culpado - "É uma tolice os Estados Unidos fazerem uso dos cassetetes do poder para amedrontar alguém a ponto de forçá-lo à submissão... Isto apenas leva o Exército e o povo a reforçar sua determinação de aumentar o equipamento de auto-defesa militar" (http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/story/2006/09/060902_coreiaeuaaw.shtml).

O mundo inteiro está falando de represália contra a atitude Norte-Coreana, mas é preciso ter muito cuidado, seria mais seguro tentar resolver esse conflito com diplomacia do que com uso da força, como sugeriu o Japão, pois a reação bélica pode trazer danos muito mais graves. "Nós esperamos que se resolva a situação antes que lancemos um míssil com ogiva nuclear. Tudo depende da reação dos Estados Unidos", declarou o funcionário não-identificado, citado pela agência sul-coreana Yonhap. (http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI1182904-EI294,00.html)

Concordo com a declaração chinesa: "toda ação deve conduzir a obter uma Península Coreana desnuclearizada graças a esforços diplomáticos, ao diálogo e às consultas", declarou o porta-voz do ministério de Relações Exteriores chinês, Liu Jianchao. (http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI1182904-EI294,00.html)
Não se sabe se realmente o teste foi feito com uma bomba nuclear, mas eu não pagaria para ver... "Seu teste nuclear não significa que o país já tem uma bomba nuclear utilizável. O dispositivo poderia ser grande demais para ser instalado em um de seus mísseis." ... "No entanto, os norte-coreanos têm um grande Exército convencional disposto ao longo da fronteira com o Sul." (http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2006/10/061009_coreia_reynolds_pu.shtml)

Se realmente houver capacidade para produção de armas nucleares na Coréia do Norte, "há um preço a pagar em termos de isolamento internacional, mas o governo dá pouca importância a isto, uma vez que já vive isolado, e as sanções até agora foram limitadas." (http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2006/10/061009_coreia_reynolds_pu.shtml)


Espero, siceramente que a situação seja minimizada, ou quem sabe solucionada, de forma pacífica, para o bem da Comunidade Internacional.
 
11.7.06
  Terrorismo na Índia
A Índia é um país que apesar da grande quantidade de habitantes, não estamos habituados a ver cenas de terrorismo como vimos hoje.
É comum, e diria até "da natureza humana", a realização de guerra, ou o aparecimento de epidemias para reduzir a quantidade de humanos em um determinado local (não necessariamente pertencente a apenas um país), chamaria isso de controle populacional natural.

Catástrofes naturais acontecem (terremotos, maremotos, tsunamis...) devastando países e regiões, provando o que estou querendo mostrar... Mas, como se isso já não fosse bastante, o próprio ser humano se encarrega de fazer sua própria redução populacional, através de guerras, ataques terroristas, assacinatos em massa por várias razões...

Mas isso não torna mais aceitável o que acontece com o povo, principalmente os de classe mais baixa... Muitas pessoas inocentes pagam pelos erros dos governantes, muitas crianças não têm mais a oportunidade de crescer, viver, e morrer em paz... As que conseguem sobreviver, crescem com um sentimento de medo, de insegurança, ou de vingança por ter perdido a família... Já não basta o que a natreza faz?

Não, não basta. O ser humano é cruel. O ser humano é egoísta. O ser humano não é humano.
Há um filme, que muitos já devem ter visto, em que um ser com inteligência artificial diz para um humano que nós somos seres destrutivos, somos como vírus, que fomos programados para destruir a terra (e aqui eu, Suzana, incluo que fomos programados para destruir a nós mesmos). Acredito nessa teoria. Mas acretido também que muitos seres humanos aprenderam a gostar da terra, a gostar dos outros humanos, e esses, que não estão no poder, lutam pela vida, não só humana, mas do planeta terra.

Voltando ao choque do ataque terrorista...
Creio que há mais de 10 anos não ouvimos falar de atentados nesse porte na Índia.
Hoje disseram que a razão principal dos atentados foi a briga pelo território da Caxemira. Essa não é uma briga recente, desde 1947 a Índia e o Paquistão brigam pelo território da Caxemira. Na realidade, a grande maioria das mortes em ataques terrorista acontecem por briga territorial. Na Índia, em Israel, e em outras regiões a confusão é a mesma. Mas me responda com sinceridade: de que adianta conquistar um território e perder os habitantes? O que vale mais, a vida ou a terra?

Sou uma sonhadora. Desde criança sonho com um mundo sem fronteiras, sem guerras, sem problemas de comunicação entre várias "tribos". Talvez essa tenha sido a minha verdadeira intenção ao estudar as relações internacionais, colocar o mundo em um só país, com um único povo, falando a mesma língua, trocando suas culturas. Mas entendo que se o mundo fosse assim, estaria super populacionado, teríamos sérios problemas com alimentação, água, e outros bens naturais, voltaríamos a "idade das pedras". Viveríamos em clãs. E a própria história mostra que mesmo assim existia guerra. Fosse pela comida, fosse pelo território, fosse pelo parceiro perfeito que vivia em outra tribo.

A história do homem é a história da guerra. Infelizmente!

Vejo que o "meu mundo" nunca existiu, e dificilmente existirá...

O que está acontecendo no mundo não é novidade, nem vai acabar hoje, talvez essa "natureza humana" seja realmente o nosso fim.
 
30.6.06
  Copa do Mundo e Eleição no Brasil
Como quase todo o mundo está com as atenções voltadas para a Copa do Mundo, não poderia deixar de publicar a minha análise sobre a mesma e o período eleitoral que vivemos no Brasil.

É uma infeliz coincidência que a Copa do Mundo caia extamente no ano de escolha do nosso chefe Estado maior. Parece uma coisa boba, mas como o Brasil é um país que idolatra o futebol, o povo volta todas as atenções para esse evento esportivo e esquece que a escolha de um presidente representa grande responsabilidade, pois durante os próximos quatro anos estaremos sendo regidos por uma mesma pessoa (se tudo ocorrer de forma normal).

Analisando os resultados das copas anteriores, noto que a decisão do povo está muito relacionada a atuação da seleção de futebol brasileira. Muitas vezes as propostas dos candidatos não são nem ouvidas, quanto mais lidas e compreendidas. O que é levado em consideração é o sentimento de alegria ou tristeza oriundo de um resultado posivito ou negativo na Copa do Mundo. Se aquele candidato representa de alguma forma um pouco de alegria ao povo, ele tem grandes chances de vencer as eleições, se o povo estiver alegre.

Por outro lado, quando o Brasil não vence a Copa do Mundo, o povo toma decisões com menos "euforia", com um pouco mais de raciocínio e interesse nas propostas dos candidatos.

Uma coisa que me deixou muito feliz na última eleição é que os debates políticos foram bastante explorados, isso é bom, mostra que o povo estava com a televisão ligada, mesmo que a mente de alguns não estivesse entendendo muito bem o que estavam falando. Espero que idependente do resultado dessa Copa do Mundo, o povo brasileiro preste mais atenção no que está acontecendo aqui, embaixo dos nossos narizes, com o dinheiro dos contribuintes.

Não que antes não existisse, todos sabemos que esses esquemas não são novidades. O problema é que o atual presidente, o Sr. Luis Inácio, disse que com ele esse tipo de coisa não aconteceria. Iludiu o povo brasileiro, que o considerava um SANTO. E agora, São Lula? Qual será a sua mentira? Vai continuar afirmando que não sabia? Se não sabia mostra que é displicente com seu cargo e suas promessas valem tanto quanto as dos outros. Se sabia (o que eu acredito ser verdade), mostra que é tão corrupto quanto os outros. Então, Lula não passa de mais um político que tem paixão pelo poder e quer cada vez mais.

Ontem estava escutando um jornal e ouvi o apresentador comentar o plano de Lula alterar o tempo de mandato do Presidente do Brasil para 5 anos. Lembro que essa história começou a ser divulgada no início do seu governo. Até hoje não vi nada de concreto em relação a isso. Apesar de não gostar do nosso Presidente, percebo que essa é uma propaganda espalhada pela oposição a ele (pelo menos até agora). Talvez a maior burrice de Lula tenha sido "brigar" com a imprensa, pois ela é o meio de massificação da informação. O povo ouve e aceita. Lê e acredita. Talvez o bom relacionamento com a mídia permita aos políticos que suas robalheiras não sejam vistas, nem ouvidas, nem escritas.

Minha esperança é que o povo brasileiro fique mais atento, e a mídia mais íntegra. Que todos esses escândalos tenham servido para que o povo exija a fiscalização sempre! E que nem todos estejam apenas assistindo as nóticas da Copa do Mundo, que toma mais da metade dos jornais de uma grande emissora.





Pare, reflita e deixe sua opinião.
 
  Recomeço
Há quase 3 anos esse blog foi criado com o objetivo de ser um meio de transmissão de conhecimento e exercício intelectual.
Não abandonei completamente essa causa, ela ficou adormecida e agora está querendo acordar novamente.

Sem nenhuma publicação anterior, por motivos de outro mundo (não sei explicar o que aconteceu), esse blog nasceu e morreu no mesmo dia, praticamente.

Agora vou recomeçá-lo. Inicialmente sozinha, mas quem sabe com o tempo não encontro um(a) colega para compartilhar idéias aqui.

Então, vou começar republicando o texto inicial anterior aqui:

Renasce agora mais um blog.
Espero que não seja apenas mais um.

O objetivo desse blog é trazer informação para os leitores e para a escritora.
A princípio, esse blog será escrito por Suzana Ferreira. Graduada em Relações Internacionais, pela Faculdade Integrada do Recife.

A idéia para esse blog surgiu com um projeto de informática, onde deveriamos criar uma home page falando sobre qualquer assunto de nossa área. Então tivemos a idéia de criarmos algo mais dinâmico, com atualizações quase semanais, onde poderiamos exercitar nossa capacidade de escrita, onde faríamos análises de alguns fatos ocorridos no mundo.
E esse projeto está sendo concretizado.

Aqui vocês lerão, exclusivamente, a nossa forma de ver o que está acontecendo. Serão notícias com a nossa análise.
Entrem, fiquem a vontade, opinem e voltem sempre.
 
12.8.03
  R.I. Times
Nasce agora mais um blog.
Espero que não seja apenas mais um.
O objetivo desse blog é trazer informação para os leitores e para nós mesmas.
A princípio, esse blog será escrito por Bianca Calazans e Suzana Ferreira.
Ambas estudantes de Relações Internacionais, da Faculdade Integrada do Recife, sexto período.
A idéia para esse blog surgiu com um projeto de informática, onde deveriamos criar uma home page falando sobre qualquer assunto de nossa área. Então tivemos a idéia de criarmos algo mais dinâmico, com atualizações quase diárias, onde poderiamos exercitar nossa capacidade de escrita, onde escreveriamos nosso ponto de vista sobre os fatos ocorridos no mundo.
E agora concretizamos esse projeto. Nos sentimos em condições de expor nossas análises sobre tais fatos.
Aqui vocês lerão, exclusivamente, a nossa forma de ver o que está acontecendo. Serão notícias com a nossa análise.
Entrem, fiquem a vontade, opinem e voltem sempre.
 
Um blog onde as Relações Internacionais serão analisadas sob o ponto de vista de Suzana Ferreira.

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